quarta-feira, 30 de setembro de 2009

For Those About to Rock!

Separem os adultos das criancas...

Estou sentado no banco da minha bateria ao lado do cabo de rede... Já roi todas minhas unhas, tomei duas doses de Jack Daniel´s. Estou tossindo e respirando mal. Pensava que a mudanca climatica de Porto Alegre havia me afetado, mas nao é isso. Em algumas horas comeca a venda de ingressos para o show da maior banda de Rock n' Roll da atualidade: AC/DC.

Sim, a maior! O AC/DC define o que é esse estilo de vida: excessos, riffs pegajosos e fáceis, solos de guitarra, um vocalista carismático (as duas versoes), refroes animadores. Isso nao é apenas a minha humilde opiniao. Os números corroboram! A banda existe desde o comeco dos 70. E seu disco de largada, como o próprio nome diz, já foi um petardo (1975: TNT e 1976: High Voltage)! A primeira música anuncia o longo caminho que os australianos deveriam seguir para chegar ao Olimpo do Rock n' Roll!

Uma sequência criativa sucedeu esses dois álbuns com hinos, como Dirty Deeds, Whole Lotta Rosie e Problem Child, até o apogeu da Era Scott em Highway to Hell. Acredito que o álbum é a "Crônica de Uma Morte Anunciada". A vida do carismático Scott foi pautada por excessos e uma belíssima e humilde inocência. Juntamente com a base heavy dos irmao Young (merece um capítulo à parte) e a sempre básica e consistente cozinha de Phill Rudd e Cliff Williams, o agitado Scott mostrou ao mundo a quê o AC/DC veio...

A morte de Scott felizmente nao foi o fim da banda. Os irmao Young sabiam que o caminho era longo... Encontraram o também carismático e áspero Brian Johnson para estar à frente nos vocais. Bela escolha! Nao perderam tempo, nem o respeito a Scott: voltaram de preto, de luto! (também merece um capítulo à parte!) Mas de uma forma em que Scott seguramente se orgulharia muito - arregacando! Os sinos do inferno, onde o anterior vocalista já estava ardendo, anunciavam que seu sucessor ia dar conta do recado. A música Back in Black, talvez a maior dos anos 80 e uma das maiores da história da música, tem um poder divino de ressucitar as pessoas, da mesma forma que Jesus Cristo o fez na Galiléia. Seriam os irmaos Young os novos Messias? A resposta é: sim!

A carreira da banda nao foi tao consistente nos anos 80. A retomada veio no final da década com Blow Up Your Video e The Razor´s Edge. A mesma fórmula do primeiro parágrafo! No anos 90, o Live e o aclamado Ballbreaker, que trouxe a banda ao Brasil pela segunda vez (primeira, foi o Medina em 85).

O Black Ice é o topo para aqueles que querem fazer rock n' roll. O disco é facilmente reconhecido, mas tem uma levadas Pop essencial para o rock e sucesso da banda. As vendas surpreenderam, mas ainda mais megalomaníaco sao os números da turnê: a mais exitosa do ano (onde estao U2 e Madonna?). Sucesso absoluto!

Acompanhado por aqueles da Era Scott, aqueles da Era Johnson, aqueles da era Guitar Hero, o AC/DC é unânime: é bom! É a maior banda da atualidade!

Já nao tenho unhas, a gripe passou e a garrafa de Jack acabou. Minhas costas doem! Mas me sinto curado. Os irmao Young acabam de operar mais um milagre! We salute you!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

The Black Crowes


Hoje o post é dedicado aos Black Crowes, banda da qual sou fã absoluto. Não é apenas pelo fato de ser fã, mas é um reconhecimento ao trabalho inteiro dos caras, e uma maneira de falar do novo CD, Before the Frost.

Temos falado tanto em bandas que são maduras, que resistem ao tempo. Pois nada mais justo do que incluir o Crowes no panteão definitivo do rock, pois lá se vão 20 anos de puro rock n roll. E é uma entrada sem contestações. A banda tem 4 momentos principais que explicam a trajetória: início, meio, retorno e reinvenção.

Apesar das mudanças, há que se deixar claro que os pilares da banda são os irmãos Chris e Rich Robinson. A primeira etapa é o pico, a chegada do Black Crowes. O primeiro disco é o um sucesso: Shake Your Money Maker. O segundo mantém a saga: The Southern Harmony and Musical Companion. Aos que não conseguem ver o potencial da banda, não é qualquer um que, com dois álbuns, já carrega músicas como Twice As Hard, She Talks to Angels, Jealous Again, Thorn in My Pride, Sometimes Salvation e Remedy. Não bastassem essas, eles detonam o mercado com Amorica, terceira pérola da banda. Com uma capa fenomenal, banida em algumas lojas, o disco, apesar de não ter um hit single principal, traz músicas excelente como Gone e A Conspiracy.

A banda ingressa, então, no seu segundo período. Three snakes and One Charm saiu pras lojas, e logo By Your Side. Esses dois discos atingiam já a MTV, e trilhavam numa onda bastante soul, e em um rock mais mainstream. Isso, obviamente, não quer dizer falta de qualidade: que o digam Kicking my Heart Around, Go Faster, Only a Fool. Ainda nesse período, gravam um disco duplo com Jimmy Page, parte com Crowes, parte com Zeppelin. Finalmente, lançam Lions, com a faixa Soul Singing atingindo as paradas da Billboard lá em cima nos top 20.

Devido a planos, e a problemas de relacionamento principalmente vindos do vocalista Chris Robinson, a banda se separa em 2002: "we´re taking a hiatus". Eu me lembro de pensar que isso era realmente triste, pois era um disco melhor que o outro, todos com suas influências, mas sempre mantendo a pegada refinada e forte. Pra mim, era uma banda "tábua da salvação dos anos 70". Em 2004, chegamos a ver um gostinho de volta aos palcos, quando tocaram Sometimes Salvation com o Gov´t Mule. Pra quem já é fã de Gov´t Mule, não preciso perder uma vírgula explicando o que foi a música ao vivo. Pra quem não conhece Gov´t Mule, ainda há a luz no fim do túnel. Chama-se You Tube. Ou baixar tipo...todos os discos.

E quando tudo parecia acabado, sem muita esperança, o Crowes se reforma e retoma a vida. A principal vinda foi o guitarrista Luther Dickinson, que eu já havia comentado aqui no post do North Mississipi Allstars. Hora da turminha do contra dizer que não vai acontecer nada, que é revival, caça níquel. Nada que Warpaint, o aclamado álbum do ano passado, não pudesse calar. Mas calar com louvor. A crítica se curvou, e o álbum bateu o quinto lugar no chart da Billboard. Goodbye Daughters of the Revolution é espetacular.

A galera do amendoim volta (esse povo nunca aprende, porra!), e acha que foi só acaso. Pois o óbvio volta a ser provado. Before the Frost acaba de sair, e gravado ao vivo no Levon Helm Studios, em Woodstock, NY. Gosto de ressaltar o ao vivo por duas coisas que me interessam em boa música: eles são foda ao vivo, e são foda ao vivo. Banda de cara bom é assim, grava em um take, e material bom! Novamente, me delicio com o silêncio dos que torcem o nariz para esse grupo indiscutível de rnr.

A caixa de pandora foi reaberta, e não há lugar para músicas requentadas nem idéias ultrapassadas. Vida longa ao bom rock. Os corvos negros seguem na destruição roqueira. Faixa presente do novo disco: Good Morning Captain. Claro, ao vivo...

sábado, 26 de setembro de 2009

SUJEIRA

Ninguém pode negar que os anos 80 foram importantes na história do rock. O punk ganhou força, o rap, a batida eletrônica, o trash-metal, MTV, até o rock brazuca teve sua onda com Barão, Ultraje, Titãs, Sepultura, ...tivemos nosso Rock In Rio!

Mas também serviu pra mexer em time que estava ganhando. Isso foi, na minha opinião, o que aconteceu com o hard-rock. Claro que tivemos boas surpresas como Van Halen, Guns&Roses, Motley Crue, e toda essa galera do hard farofa...mas com o tempo ele foi ganhando maquiagem demais, laquê demais, efeitos especiais demais, sósias do Rod Stewart demais. Virou circo.

Até que no final dos 80, uma galera que tocava rock de garagem na fria e chuvosa região de Seattle, USA (aqui de novo minha teoria que rock é coisa de clima frio) resolveu gritar basta!! Ao invés de pintar e copiar o cabelo da tia, pararam de cortar. Trocaram as calças e coletes de couro por jeans e a velha camiseta. Botas de couro de cobra por All-Star, e finalmente, queimaram os casacos de tigresa e botaram a camisa de flanela xadrez na cintura.

Na música, distorceram, encurtaram, falaram mais sério nas letras e nas performances ao vivo. Mesma energia, mas com uma postura mais melancólica do que estávamos acostumados. E retomaram o peso. O Grunge virou gênero.

Duas bandas deram origem aos nomes mais conhecidos de hoje: Green River, de levada mais punk e o Mother Love Bone. Essa última originou o Pearl Jam. O salto de popularidade veio com a gravadora Sub-Pop, que resolveu apostar, entre outros, em um tal de Nirvana. O resto é história.

Vou listar alguns discos que para mim são essenciais, em qualidade e em importância:

1. Bleach, Nirvana. Foi o primeiro, mas ganhou mais importância depois do sucesso da banda. Pesado. Destaque: Love Buzz

2. Superunknow, Soundgarden. Minha banda grunge favorita. E nesse disco atingem a maturidade. Chris Cornell quebrando tudo. Destaque: My Wave

3. Sweet Oblivion, Screaming Trees. Sempre ficaram um pouco à margem do sucesso de outras bandas. Mas esse disco é ótimo. Destaque: Nearly Lost You

4. Dirt, Alice In Chains. Depois de Facelift com "Man In The Box" era difícil criar coisa melhor. Conseguiram. O guitarrista Jerry Cantrell é um monstro. Destaque: Them Bones

5. Vs., Pearl Jam. Calma, o Ten não está aqui só porque o Diogo já dedicou um post inteiro. Mas este também merecia. Detaque: Rats

6. Core, Stone Temple Pilots. Primeiro discaço da banda do Scott Weiland. Destaque: Wicked Garden

7. Temple Of The Dog. Disco homônimo pela morte do vocalista do Mother Love Bone. Fizeram parte músicos do Pearl Jam, Soundgarden e do próprio MLB. É muito mais do que "Hunger Strike". Chris Cornell, de novo. Destaque: Times of Trouble

8. Nevermind, Nirvana. Gostem ou não, o disco mudou a história do rock. Aqui todas são destaque. Vão comprar o disco pra depois mostrar pros filhos....

Hoje em dia ainda encontramos bandas grunge. O PJ viro mainstream. O Alice quer voltar de vocal novo. Dizem o que Stone Temple Pilots também volta. Mas o importante é que a gurizada de 20 anos lembra deles antes do Poison. E isso já vale. Grunge pode significar "sujo", mas é melhor que cheiro de laquê.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

The Answer

Rock com culhão. Rock com pegada setentista, com guitarra nervosa, com vocalista tomado pelo espírito roqueirístico. Assim é o quarteto The Answer, do interior da Irlanda. Pra mim, uma das bandas mais subestimadas do rock atual. Com cinco anos de existência, foi votada pela revista Classic Rock como a melhor banda de 2005. Um ano mais tarde, já ganhava todos os prêmios de banda de rock e revelação. Lançaram o único CD, Rise, e partiram pra tocar com Whitesnake, Paul Rodgers e, atualmente, com os mestres do AC/DC. Ouvi dizer que duas músicas deles, mesmo sendo de um álbum, já figuram no jogo Guitar Hero. Mesmo assim, acho pouco. Ninguém fala muito deles, pelo menos no Brasil é zero.

Hoje não estou muito a fim de ficar explicando os motivos de a banda ser puro rock and roll, prefiro meter um video aqui que é muito melhor. Destaque pra todos, mas mais pro Cormac Neeson, esse mutante Joe Cocker-Coverdale-Plant. Ouçam o Rise, é alucinante. Esqueçam os papinhos modernéticos de que é mais do mesmo. Aliás, façamos diferente: se é mais do mesmo do que era o melhor do rock, então que venha o The Answer! Eis a nossa resposta roqueira.





segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Série: Discos "Bons do Começo ao Fim"

Inauguro a série: Discos “Bons do Começo ao Fim” com o álbum abaixo:



Por que logo com ele? Não existe uma razão em especial... Pelo simples fato de tê-lo escutado esse final de semana e lembrado do quanto é bom!

Os 90 iniciaram com o movimento grunge, muito apreciado pelo meu amigo Marcelo, que tentou resgatar um pouco da pegada do rock n’ roll dos 70 com doses de punk e pop. No começo, não me despertava muita emoção. Escutava falarem do Nirvana, mas não me animava ao ouvi-los. Tentei com Screaming Trees, Mudhoney, Meat Puppets, Candlebox e nada! Quando estava prestes a desistir de vez do movimento, eis que surge, Ten do Pearl Jam! Que álbum! Há quanto tempo não escutava uma guitarra rasgada de qualidade fazendo uma base pesada, solos geniais e bem trabalhados, vocais e letras com “punch”, enfim, que sonzera! Uma catarata de músicas sensacionais: Once, Even Flow, Alive, Why Go, Black, Jeremy, Oceans… É BOM DO COMEÇO AO FIM!
Convenhamos amigos, é muito difícil que um disco tenha todas as músicas boas... Esse tem! Deixo aqui a minha homenagem ao disco e a banda inaugurando uma nova sessão no nosso blog! Abraços e Long Live Rock n’ Roll!







P.S.: Outras bandas boas surgiram também com o grunge como: Stone Temple Pilots, Soundgarden, Alice in Chains e Radiohead. O próprio Nirvana lançou um álbum “unplugged” que achei maravilhoso. Estranho não? Achei o acústico do Nirvana do caralho e não consegui gostar das músicas originais “plugadas”... Marcelão, tu como profundo conhecedor dessa época podia fazer um post mais detalhado sobre o “Seattle Rock”, né?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Faaalaaa!!!!

Neste próximo sábado um grande amigo meu vai se casar. Infelizmente não poderei estar presente, então dedico a ele este post.

As pessoas identificam passagens da vida com música. Eu sou assim. Acho que todo mundo é um pouco. É só escutar determinada banda que logo vem à cabeça aquela viagem, aquela turma do colégio, aquela ex-namorada, aquele amigo.

Então vou colocar aqui músicas de 3 grandes bandas que eu gosto, recomendo, e ao mesmo tempo me lembram esse cara.

A primeira é do Midnight Oil, banda do careca mais esquisito do rock. Australiana, começaram no final dos anos 70 e explodiram no final dos 80. São dessa época os álbuns "Blue Sky Mining" e "Diesel & Dust"; obrigatórios pra quem gosta de surf music, curtir praia, ou amarrar-se em um portão de fábrica pra protestar contra ataques ao meio ambiente.


A segunda é do Skank, uma das minhas favoritas nacionais. Apesar de mineiros e de um começo puxando pro raggae fajuto, com o disco "Maquinarama" os caras confessaram de uma vez o amor pelos Beatles e deram uma puta virada na carreira. A partir daí, só bons discos.
Essa aqui ainda não é dessa fase. Mas é duca.


Por último, minha banda favorita da tal surf music. Ao vivo são um soco no estômago e já passaram por POA. Sem mais.


Ok, prometi 3 mas vou colocar mais uma, que não é das minhas top, mas que boa parte da turma 569 da PUC teve que escutar algum tempo na voz do noivo.


Maureco, felicidades velho!


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Huge Buddy...

O Blues é um dos estilos pelos quais tenho mais afeição. Não dá pra explicar muito, mas tem a pegada forte do rock n roll, com a diferença de que cava mais fundo na angústia e no punch guitarrístico. É o professor do rock, o precursor do solo chorado, carregado de sentimento. Como os grandes nomes do estilo já estão velhinhos ou morreram, sobram poucos para podermos ver ao vivo.

Há uns 10 anos atrás, tive o prazer de ver o Buddy Guy tocar ao vivo em São Paulo. Sou fã do BB King, do Clapton, do Stevie Ray Vaughan, entre outros. Mas naquele show eu fiquei completamente hipnotizado. Difícil descrever, mas é o negão fera aparecer com seu macacão e sua guitarra de bolinhas, que você automaticamente o venera e o respeita com um mestre da música. Ele tocava absurdamente bem, cantava a um metro do microfone com voz de trovão, conduzia o público com extrema facilidade...chegou a entrar no banheiro feminino pra solar na guitarra. Um êxtase que só o blues traz pra você. Justamente porque é uma lamentação tentando ver um lado bom da história.

Por que o post? Porque estava assistindo Shine a Light novamente, e é impressionante ver que não há páreo para os grandes mestres do blues. Ele rouba a cena, é respeitadíssimo pelo Keith Richards, e sai do palco sobre a saudação de Mick Jagger: "Buddy Motherfucker Guy".

Isso é blues. 3 minutos e você já sente o peso da bigorna na cabeça. Ou como diria meu amigo Diogo, o soco no estômago.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Motown

Tenho escutado muito R&B, Funk e Soul ultimamente e tenho gostado do que encontrei! Andei vasculhando os arquivos da Motown do Sr. Berry Gordy e encontrei grupos como The Temptations, The Four Tops, Smokey Robinson and The Miracles, The Supremes, Barret Strong, Marvin Gaye, Gladys Knight & the Pips, entre outros, que possuem músicas sensacionais cheias de riffs de guitarra bem trabalhados, linhas de baixo de altíssima qualidade, piano e bateria de peso e, principalmente, um vocal devastador de seus cantores! Como é bom ficar sentado tomando uma dose de Jack e escutando esses velhos clássicos das décadas de 50 e 60! Quem quiser pesquisar, segue algumas músicas para baixarem ou olharem no Youtube:

Papa Was a Rollin’ Stone – The Temptations
Get Ready – The Temptations
My Girl – The Temptations
(I Know)I'm Loosing You - Temptations
You Can’t Hurry Love – The Supremes
Baby I Need Your Lovin' - The Four Tops
I Can't Help Myself - The Four Tops
Money (That’s What I Want) – Barret Strong
I Heard It Through the Grapevine – Marvin Gaye
What’s Going On? e Let’s Get it On– Marvin Gaye (esses já nos anos 70)
Midnight Train to Georgia – Gladys Knight & the Pips
I Heard It Through the Grapevine – Gladys Knight & the Pips (sim… Gladys, Marvin Gaye e Creedence Clearwater gravaram essa música)

Algumas "amostras grátis":

Four Tops - Reach Out (I'll Be There)



Smokey Robinson and the Miracles - The Track of My Tears (essa música está em uma cena sensacional do filme Platoon...)



The Temptations - Cloud Nine

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

The Verve

Acho que iniciarei uma sessão de bandas que acabaram meio que esquecidas, mas que não merecem tal destino. Hoje no caminho de casa, fui abençoado com uma dessas lembranças. Olhando o semáforo que estava vermelho, a faixa Drugs don´t work, do The Verve, entrou no ar. Realmente, foi uma banda muito poderosa, com um compositor à altura dos grandes ingleses: Richard Ashcroft.

O CD Urban Hymns entra brincando na lista dos melhores álbuns dos anos 90, por qualidade e por importância. Saíram de um anonimato alternativo para a cena mundial, escancarando o melhor do britpop.

Além da Drugs, o CD tem Bittersweet Symphony (quem não sabe esse riff??), Sonnet e Lucky Man. A Bittersweet foi gerada a partir de um riff de Jagger e Richards, e Ashcroft tinha entrado em acordo com a gravadora. O pau comeu quando acharam que o trecho acordado tinha sido maior do que o combinado, e exigiram os direitos inteiros para a gravadora dos Stones. Ashcroft, revoltado, disse: "This is the best song Jagger and Richards have written in 20 years". Assino embaixo, inveja às vezes é uma merda. A música é fantástica, é do The Verve, não dos Stones.

O álbum é uma locomotiva de sucessos, bons sucessos. O grupo ficou sem tocar até o ano passado, e lançaram Forth, quarto disco da banda depois de um abismo temporal por todos os problemas imagináveis. Parece que as críticas foram muito positivas, embora apontem para um comentário de que a fórmula seja ótima, mas não tenha o mesmo impacto de antes. Acho que é porque eles mesmos a instituíram. Não interessa, taí uma banda de alto nível.

Aqui, o clipe ao vivo da música..

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Clapton is God


Comprei o vinil, Layla and Other Assorted Love Songs, do Derek and the Dominos, banda formada por Eric Clapton, Bobby Whitlock (teclados), Carl Radle (baixo) e Jim Gordon (batera). Todos tocaram junto com Clapton no Delaney, Bonnie & Friends. Quanto mais ouço Clapton, mais me apaixono e me dou conta de que o cara é sobrenatural! É um dos principais deuses do Olimpo do Rock! A genialidade de Clapton se mistura com a sua humildade. Ao saber que Duanne Allman estaria tocando em Miami em um show do Allman Brothers, Clapton pede para assistir ao show para ver o talentoso líder do Allman debulhando notas em sua Gibson Les Paul e imediatamente fica perplexo ao ver a técnica de Duanne, principalmente, ao tocar slide. Diz a lenda que Duanne, ao olhar para baixo e perceber que Clapton estaria na primeira fila assistindo ao show, parou de tocar por alguns segundos tamanho o susto ao ver que um de seus ídolos estaria presenciando seu “humilde” concerto. Dickey Betts (Allman Brothers), sem entender porque seu companheiro de banda havia parado de tocar, tentou camuflar a falta do som da guitarra de Duanne, mas, ao perceber também que Clapton estaria na platéia, virou as costas e fez a maior parte do show desse jeito. O Deus Clapton tem esse poder de hipnotizar aos que o ouvem, ou de amedrontar àqueles que querem seguir seus passos. Duanne não tinha com o que se preocupar! Durante as gravações do disco, Clapton babava ao ver Duanne tocar e vice-versa! O respeito e admiração eram mútuos! Reparem na sincronia da guitarra de Clapton com a de Duanne em Layla... Simplesmente brilhante! (Duanne merece um post no futuro com certeza!) Ah, já estava esquecendo, vale a pena ouvir a versão de Little Wing de Hendrix, outra prova da genialidade de Clapton.
Bom, voltando ao vinil, que obra prima. Lindo disco, musicalmente e artisticamente! A capa trazia a pintura de uma loira com flores, referência a Pattie Boyd, mulher de Harrison com quem Clapton estava apaixonado. A música Layla também é em homenagem a Pattie (outras homenagens a ela viriam no futuro, como Wonderful Tonight, por exemplo). Derek and the Dominos é mais um disco provando a maestria de Clapton. Não me canso de escutá-lo e de descobrir coisas novas em seu som! Concordo com a foto acima: CLAPTON IS GOD!

Layla com Clapton e Duanne Almann

domingo, 6 de setembro de 2009

Vikings II

Escutem essa pedrada do Entombed, do disco de 1993 "Wolverine Blues":


Ok. Agora relaxem os músculos do rosto e imaginem-se dirigindo um conversível na 66 rumo Santa Monica, CA com essa do Hellacopters do disco "By The Grace of God", de 2002:


Próxima parada: um passeio a pé pelo Harlem em NY passando em frente a uma loja de discos especializada em Gospel, R&B, etc. Tudo em vinil, claro. E você escuta este tema do The Solution, do álbum de 2004 "Communicate!".


Em comum nestas três bandas, duas coisas: são da Suécia e todas tem Nicke Andersson. Compositor/vocalista/guitarrista/baterista destes e de outros vários projetos que sempre resultam em boa música, de diversos estilos.

Eu vejo nele hoje um dos principais ícones do rock escandinavo e uma boa sugestão pra quem procura qualidade fora do eixo EUA/UK. Apesar de já nem ser tão novidade assim.

Hejdå!



terça-feira, 1 de setembro de 2009

Pé de Galinha

Equação:

Joe Satriani + Sammy Hagar + Michael Anthony + Chad Smith = Chickenfoot

Minha sincera opinião...pelo pouco que eu ouvi, podem dizer por aí que é uma coisa manjada, que é fake. Anyways, poucas bandam rasgam o som atualmente como esta. E os caras parecem estar se divertindo. A mistura louca de um virtuose com um red hot chili peppers mas dois tios de ume geração van halen resulta num rock pra botar você no lugar. Como disseram no comentário neste blog outro dia, merece uma dose de Jack Daniel´s...direto da garrafa.

Aguardo vossas opiniões...2009 está musicalmente recheado de alto e bom som! Não consigo julgar aqui se os indies perderam força, mas me parece que o mundo se enjoou um pouco dos alternativos. O negócio agora é rock viril...