sábado, 21 de novembro de 2009


Bizarrices...

Ontem teve show do Tito & Tarantula aqui em Bilbao. Pra quem não conhece, é a banda que está tocando no bar de vampiros do filme "Um Drink no Inferno" do Robert Rodriguez de 1996, e com o Quentin Tarantino e o George Clooney de protagonistas.

Bom, a bizarrice foi tanta que é impossível descrever os fatos. Apenas mil corajosos adoradores de rock 'n' roll puderam testemunhar a banda oferecendo shots de tequila para a platéia depois do equipamento falhar 3 vezes; e os integrantes fumando uma "ponta" retribuída pelos fãs depois de Angry Cockroach.


E finalmente a despedida, quando Tito convidou uma dezena de barangas para o palco (junto com um punhado de borrachos) para cantar seu maior sucesso, After Dark.


Enfim, lendo assim nem parece grande coisa. Mas acreditem, foi um circo. E dos mais divertidos. Vou aproveitar o momento e postar um vídeo de After Dark. Mas não um clip da banda, e sim a cena que para mim é uma das melhores da história do cinema.


Saludos mamazita!!!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Funk do século 21

Ontem fui ver o segundo dia do Heineken Greenspace, que já está na quinta edição. Cheguei no meio da segunda apresentação - eram três shows ao total. Micah Hinson estava na metade da apresentação, e foi difícil pra mim chegar até o final prestando atenção. Por isso, vou pular essa parte. Tem muita gente que gosta do cara, é todo metido a Bob Dylan, maluco que só ele, mas no final achei cansativo. Não tenho a manha de "entender" um cara que berra 20 vezes "redrum!" (quem lembra do Iluminado?) no fim do show.

O post, na realidade, é focado no gig principal da noite: Black Joe Lewis & The Honeybears. Nunca tinha ouvido falar, mas sabia que tipo de som ou referência encontraria ali: James Brown, Howlin´ Wolf, Wilson Pickett, Little Richard, etc. 23h: entra a banda. Não tinham aquela pinta de bad boys nem de serem super estrelas. E acho que isso é o que fez a diferença. Black Joe Lewis é um cara de Austin, Texas, que praticava guitarra enquanto trabalhava numa loja.

Bom, não muitos comentários longos sobre o show. Funk and soul do melhor naipe. A banda mostra uma dinâmica impressionante, e a diversão é geral. Além das latas de Heineken consumidas, o guitarrista parou o show 3 vezes pra doses de Jack Daniel´s a todos. Ele servia o vocalista e a banda. Lewis toca muita guitarra, e tem uma voz impressionante, que realmente lembra os grandes blueseiros. Lembrava muito o estilo de Jimmie Vaughan, tocando de uma maneira mais agressiva, usando muito as cordas abertas.

O CD atual se chama "Tell ´em what your name is". Os nomes das canções não escondem a cara do gênero: Sugarfoot, Humpin´, Get yo shit, Master sold my baby, Gunpowder....uma a uma, o cara vai detonando o palco e ninguém consegue ficar parado.

É o funk do século 21, senhoras e senhores. E ele mudou muito pouco....aleluia!

Para ouvir e ver "Gunpowder" ao vivo, CLIQUE AQUI.
Para ver o clipe de "I´m broke", CLIQUE AQUI.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Them Crooked Vultures - parte II


Bom, meus amigos próximos não aguentam mais me ouvir falando dessa banda, mas um post é inevitável. Ouvi até cansar o CD do Them Crooked Vultures. E seguirei ouvindo. Sem muitos rodeios: é foda demais. Senhores, não há comparativos.

Percebe-se, a todo momento, que John Paul Jones é a inspiração dos outros dois. Grohl está muito bem na bateria, muito forte e cheia de inspiração de Bonham. Quando tudo leva a crer que o vocalista caminhará em direção a Plant, entra o distinto Josh Homme, com riffs sujos e mínimos de guitarra, e voz contrária ao estilo Zeppelin. Ele é fundamental, dá o toque sombrio à banda.

Pra quem queria algo porrada, mas com um toque novo, original, eis sua nova banda. Tomem uma dose de Jack e coloquem o disco pra tocar. Quando terminarem, tentem controlar a tensão e a fúria causada pelas músicas. A prova desse sentimento vem logo na primeira música, No one loves me & neither do I, aos 2:44.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

The Gossip

Como prometido no post anterior (ler contexto), apresento o The Gossip. A banda explodiu depois de uma das músicas de seu CD, Standing in the way of control, ter sido veiculada a um programa de televisão. Gostei desde o primeiro play. A banda foi formada em 99, em Arkansas.

Até aí, tudo certo. A vocalista gorda canta um montão, tem aquela tradição de diva americana que aprendeu a cantar na igreja aos domingos. Só que o impressionante é como eles combinam a voz dela com um estilo punk inglês. É como se a Aretha Franklin fosse a Londres encontrar o The Clash para gravar um CD. Som direto ao ponto, ótimos vocais e riffs. Uma paulada bem dada na cabeça. A seguir, Standing in the way of control.

Londres

De volta de Londres, onde estive por 3 dias, pela primeira vez. Eu sei, 3 dias e nada são a mesma coisa em se tratando dessa cidade. Mas são suficientes para termos um gostinho de porque Londres é tão foda.

É algo um pouco difícil de explicar, mas me senti no meio da vanguarda de quase qualquer assunto. Andando pela cidade, me deparei com sua história, sua potência e sua classe. Mesmo para padrões europeus, a Inglaterra tem um quê de charme histórico que é único. Parece que Londres não pretende parecer moderna, mas o é. Parece ser muito clássica, mas com poucos minutos de observação, constata-se que é um lugar de mistura, de inovação. Tudo sem esforço.

Ao que interessa: a música. Como é bom sentir que o berço do rock segue sendo o berço do rock. Você vai vendo os cartazes, as chamadas, as pessoas, as lojas. Os clássicos seguem tocando, mas em perfeita harmonia com as bandas novas. Não há paranóias, combates. O rock é respeitado, as boas letras são reconhecidas. As modas são modas, feitas para acabar.

Fiquei mais contente ainda em tomar cerveja com um estudioso do rock, que alfinetou sem pensar: "Detesto indie, é um estilo fora de época e fora de tom. Todas essas bandas querem ser iguais". Obviamente que gosto de algumas delas, não sou tão radical, mas ultimamente apenas algumas são acima da média. A maioria some como apareceu, sem fazer muito barulho, sem graça.

O Radiohead segue aclamado, e eu não preciso explicar as razões. O Muse está crescendo, pouco a pouco achando o seu espaço. Enfim, um lugar para ser revisitado. É o que farei.

No próximo post, dou uma dica de banda, por influência direto dos amigos brasileiros em Londres. Não é puxa saquismo, a banda é ótima mesmo.

God save the queen. She´s a fucking rock n roller.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Them Crooked Vultures



30 segundos. Sei que é pouco. Mas é o suficiente de música, nesse caso, para que minha atenção roqueirística se vire em direção ao Them Crooked Vultures. Falar de mega bandas é sempre complicado, pois geralmente o todo resulta menor que a soma das partes.

Mas é impossível não admirar uma mistura dessas: John Paul Jones, no baixo. Pra quem é perdido, vou fazer o esforço de explicar resumidamente: baixista do Led. Pronto, explicado. Na bateria, Dave Grohl, um puta músico bom, que sempre está criando coisas novas. Ouvi dizer que além de Nirvana e Foo Fighters (observem, ele também é guitarrista!), tem outros projetos pra se divertir. Nos vocais e na guitarra, Josh Homme. Esse merece apresentação.

Homme é o vocal e guitarra do Queens of the Stone Age, que no Brasil não é muito conhecido. O grupo é bastante criativo e diferente do rock trivial. O mais interessante é que a nova banda quer perseguir esse som distinto, quebrado, não previsível. Como todos já vêm de bandas de sucesso, acho que podem mesmo conseguir algo mais inovador, e com cara moderna, ou seja, integrantes da nova linha roqueira. Antes que eu me esqueça, o disco Era Vulgaris, do Queens, é muito bom. Recomendo.

O álbum está em pré venda no iTunes, só é possível ouvir 3o segundos de My Fang, pelo My Space, mas já deve haver videos por aí no You Tube. Por hora é isso, eles estão já em turnê warm up pelos EUA, sentindo a reação do público. Ah! Jones também toca teclado em algumas canções, pelo que descobri.

Quando sair o disco completo, aviso a todos. Até onde eu sei, o show inteiro é um massacre de rock. Melhor dizendo: não há uma balada ou break entre músicas. Detalhe interessante: Grohl leva tatuado o Zoso de Bonham no punho, símbolo dele no Zeppelin. Só por aí já temos uma idéia da energia roqueirística que está rolando nessa nova banda.

domingo, 1 de novembro de 2009

Algumas imagens valem por mil palavras...

A imagem abaixo é uma delas!



ESSE INGRESSO É MEU!

FOR THOSE ABOUT TO ROCK, SEE YOU IN SAMPA AT THE MORUMBI STADIUM!